quarta-feira, 28 de setembro de 2005

O último marxista

Conheci o "último dos marxistas". Diante da observação em uma analogia com Hartmann de que os marxistas estariam "condenados" a estarem sempre alguns passos atrás do próprio movimento da vida, obtive como réplica: "não é nem antes e nem depois vivem na contradição." Respondi que a contradição é o devir da dialética. Tréplica: não existe devir na dialética, pois a contradição é o movimento da dialética.
Insisto com Hartmann, na Ciência da Lógica: ‘(...) para o dialético A é justamente B, e se alguém julga tê-lo agarrado em A, ele há muito já escapou para B, e o oponente ficou a ver navios. Um dialético é, assim, como um maníaco com perseguição de idéias; conseguirás mais facilmente segurar o óleo com a mão do que agarrá-lo com palavras.’[1]
[1] APUD. LUFT, Eduardo. Método e sistema: investigação crítica dos fundamentos da filosofia hegeliana. PUC, p. 197