quarta-feira, 31 de maio de 2006

Há Paradoxos no Amor?

O termo promessa aliado ao termo moral é melancolicamente_cruel, não fosse pela parcela moral que nos norteia a vida o que aconteceria com a continuidade do que sentimos? Em sua reversibilidade filosófica-moral? "Prometer" lembra Prometeu, uma promessa é pois como a pedra de Sísifo que vai e vem incessantemente pelas flutuações da vida. Uma promessa, um peso? Aqui cabe Raul Seixas: "porque quando jurei meu amor eu traí a mim mesmo, hoje eu sei, que ninguém é feliz neste mundo tendo amado uma vez..." Tudo que uma mulher deseja mais do que qualquer outra coisa quando ama profundamente é ter a insana certeza de que o amor será para todo o sempre, sim, desejamos uma certeza pela qual, no instante em que a desejamos, daríamos a vida, desejamos o amor eterno do homem que amamos, tememos que a vida tente algumas “coisas” para acabar com o amor, tememos que o destino não tenha incluído em nossas vidas a continuidade do amor. Desejamos & tememos, tememos & desejamos. Não conheci nenhum ser humano que fosse tranquilo em seu estado de paixões da alma (aqui seria bom ler Descartes, penso, e só penso que seja bom ler Descartes porque existo, logo, é bom e saudável ler As Paixões da Alma) Então, paradoxalmente, o que temos na outra face do amor? O que há ali? Esquecido em meio ao desejo e ao temor, o que há? (aqui deveríamos ler Kierkegaard para o Temor e o Tremor do coração há passagens incríveis que fariam Isolda e Tristão tomarem outro rumo) Há Raul Seixas que leu Nietzsche e temos Nietzsche que soube se ser ler como um ser humano, Demasiado Humano: porque quando jurei meu amor eu traí a mim mesmo, e aqui, o que há? A angústia oriunda de sentimentos diversos, misturados e difusos, a grande antecipação de, como diz Barthes, “um luto que ainda não ocorreu”. O medo, o temor e o tremor de que o amor de quem amo acabe me cai bem, cai bem em todos que amam de forma egoísta. "Ele" não pode me abandonar quando eu ainda o estiver amando, pois eis que sofrerei, então, o desejo da certeza do amor, na verdade, não é para sempre, mas para o tempo em que eu ainda o amar. Vês que egoísta? Mas, algumas pessoas pensam diferente, algumas pessoas amam diferente porque sentem a Vida fluindo em diferenças. Algumas pessoas desejam: que o meu sentimento não vá embora tão cedo, eu desejo sentir o amor que sinto agora por muito tempo, o meu “para sempre” antecipa o luto do meu próprio sentimento e não o dele, o insano do meu amor antecipa meu próprio luto por uma morte que ainda não se deu no dentro-de-mim; algumas poucas pessoas temem: ser abandonadas pelo sentimento que sentem e não pela pessoa que amam; confiam: no amor do outro, mas, paradoxalmente, não confiam na temporalidade de si mesmos. Seria um paradoxo do Amar?
Outro paradoxo na música de Raul: “eu traí a mim mesmo”. Trair a si mesmo por ter amado uma única vez na vida? Ou: ter traído a si mesmo por ter jurado um amor que se sabe, antecipa-se em luto? Porque a sensatez nos diz, também é egoísta jurar amor a apenas um ser humano, é pequeno demais desejar amar uma única pessoa em toda uma vida/existência. Um coração nobre teria que ser capaz, e muito naturalmente, de amar muitas e muitas pessoas, não ser egoísta e permitir que estas mesmas pessoas sejam também amadas por outras. Não é paradoxal jurar um amor que se sabe que pode acabar? Em geral acaba, dizem os entendidos que há diferença entre paixão & amor, a paixão quando acaba se transforma em outros sentimentos como, por exemplo, em amor. É irônico o fato de que nunca ouvi ninguém aplicar essa mesma teoria para sentimentos negativos, tipo a ira e o ódio que habitam a natureza humana. A ira de J. por A. transformou-se em outro sentimento, nunca observei isso na vida de ninguém, sequer ouvi isso dos lábios de uma única pessoa. Só vale mesmo é para o amor, por que será que é assim? Sinto que isto também guarda um paradoxo. Há algo mais implícito nessa promessa de "amor para todo o sempre", há uma confiança cega de que o outro não irá trair (entre outros “ar” “er” “ir”) promete-se um amor que depende em grande parte do outro. E, no entanto, prometer ou jurar é tudo que se quer, de si e de quem amamos, mas é uma promessa onde O mito de Sísifo não cabe, esta pedra pode parar o seu curso, diria que é a pedra que mais parou seu curso no-dentro-do-coração de muitos. Aqui, cai bem o poema “tinha uma pedra no meio do caminho”, sim, estes versos que não fazem sentido para muitos, aqui têm livre curso, inseridos em meio a Sísifo e a uma pedra que pode parar seu curso, independente muitas vezes de ser levada ou trazida para cima e para baixo incessantemente, percebemos a presença de Prometeu no meio do caminho de todos os Sísifos Que Amam Intensamente jurando, nestes momentos, amor sempreterno (sempre_eterno). Ora, Prometeu deu uma esperança aos Sísifos, "tem uma pedra no meio do caminho", que muito embora exija promessas e mais promessas, é a única que pode ser retirada, isso se deve ao devir do próprio mito de promessas. Prometeu sabe que virá sempre outra parecendo tão ou mais bela ou sedutora, com o brilho maior que todas as outras juntas, ele sabe que os Sísifos Que Amam Intensamente não medirão atitudes para tê-la entre as mãos, mas Prometeu sabe também que um dia os Sísifos Que Amam Intensamente, pensarão: “tem uma pedra no meio do caminho, tem uma pedra no meio do caminho” e fiz tantas promessas, mas ela está no meio do caminho. O curso da pedra parará mais uma vez para tudo recomeçar. Lembra aquela famosa frase, “os deuses vendem quando dão”, é o caso de Prometeu dando aos Sísifos algo que possuem a liberdade de "largar" para logo ali adiante "pegarem" novamente. Prometeu deixou uma opção aos Sísifos do amor, podes largá-la, não é necessário que a leves para todo o sempre, mas logo ali adiante outra ocupará seu lugar. As pedras no meio do caminho mudam assim como mudam as promessas, fica-se atrelados a elas de várias formas, afetiva, emocional, existencial, moral, isso vai ao infinito, o fato é que há uma liberdade de amar muitas vezes, mas o contraponto futuro disso torna tudo muito "prometéico". E, embora eu pense derivativamente tudo isso que acabei de escrever de forma lúdica, eu, paradoxalmente, acabo me encantando com promessas, as minhas, as que eu amaria ouvir pela voz dele, as nossas, não sei se temo o dia do "luto", meu ou dele, de que um de nós venha a sentir o coração do outro como “a pedra no meio do caminho”. Só sei da impossibilidade de que para não trair a mim mesma em amor "sempreterno", permaneço assim, flutuando em sensações paradoxais de que no mundo, se existe algo que vale a pena, é trair a si mesmo jurando um amor, um único amor, aquele que sentimos, valeria uma Vida. A “maldição” de Sísifo é, portanto, sábia, de um lado, insana, vista de outro lado. Qual a diferença entre um lado e outro? A diferença está na forma como recebemos a Vida dentro de tudo que há em nós, é a única diferença para a qual, talvez, Prometeu finja dormir e sonhar e se esqueça de vigiar aos Sísifos (as) Que Amam Intensamente.
sANdrA & As Respostas Ao Roose Sobre A Questão_ "O que significa para ti o termo paradoxal?" Ao que ele mesmo classificou como tendo sido a minha resposta algo completamente "marginal", nada acadêmica, portanto, sem nenhum embasamento teórico e filosófico firme. Mas, quem disse que a melhor explicação que posso dar a mim mesma sobre "paradoxal" deve vir do que os outros pensaram para si mesmos? Não desejo viver a vida de outra pessoa de forma alguma, somente a minha.

36 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

O racionalismo no decurso do tempo tem se prestado à sua grande função, o de propiciar avanço tecnológio e falso bem-estar, a filosofia dita " acadêmica ", seguindo o caminho da lógica e do pensamento " retilínio " cumpre outro, o de levar a todos uma idéia que todos compreendam, indenpendente da cultura e do cérebro que esteja se aventurando a estudá-la. Investigar o termo " paradoxal " numa linha de pensamento significa abrir um diálogo com o ser pensante que tenha aberto o diálogo, não necessariamente " viver " o que outrem esteja vivendo.
Algumas pessoas no auge de suas paixões, de seus amores, creem estar vivendo a vida de uma outra pessoa, quando na verdade apenas desejam que o seu comparsa o veja como uma pessoa única e jamais encontrada nestas profundezas siderais.
Talvez nesse âmbito seu texto seja marginal, ainda que original no campo das divagações.

11:23 AM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

Tuas palavras são mais que sensatas; sensatas ao extremo. Obrigada.
(mas o termo "comparsa" foi realmente de doer em se tratando do "auge de suas paixões"...)
Sinto que um pouco de poesia faria bem a ti na escolha de uma linguagem mais adequada. Não consigo imaginar alguém pensando na pessoa que ama como "comparsa". (risos) Em todos os casos, tua análise está dentro de um pensamento "retilíneo". Merci.
abraços

12:54 PM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

Oi, Anônimo, esqueci de perguntar a você sobre a menção que faz sobre pessoas que julgam estar vivendo a vida do amado (a), não sei de que área você é ou se vai voltar aqui no blog, mas se voltar talvez possa responder a uma questão que fiquei pensando: uma pessoa que acredita estar vivendo a vida de outra pessoa não teria traços fortes (ou fortíssimos) de uma personalidade dependente? E assim não importaria se ama Joana ou Isolda, seria e acreditaria nisso com qualquer pessoa que "amasse". Quem sabe faça isso com outras situações que não se refiram diretamente a alguém. É isso? Penso que deve ser um modo de viver que sufoca o outro de uma forma nada saudável. Deve ser como ter uma sombra, que não a sua própria, seguindo o tempo todo passos e palavras e muito provavelmente gestos e escolhas que não lhe pertencem. Não é um modo autêntico de viver, parece. Isso deve ser bem perto do inferno dantesco... e o que faz com que uma pessoa seja assim? Personalidade dependente. E por que razão algumas pessoas atraem personalidades dependentes com muita facilidade sem que possuam o mesmo tipo de personalidade?
beijos,

2:18 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Que legal! Permita-me entrar neste debate caloroso, Sandra? Quando você enumerava traços de caráter de uma suposta pessoa, pensei numa belíssima passagem de um poeta-compositor famoso que diz o seguinte:
" Quando te vi, aquilo era quase o amor
Você me acelerou, acelerou, me deixou desigual
Chegou pra mim, me deu um daqueles sinais
Depois desacelerou e eu fiquei muito mais "

Claro! Essa pessoa a qual você alude deve, além de ser muito carente e dependente, também ter fortíssimos traços de alguém que não deva ter tido uma boa infãncia. Perdoe-me, não escrevo tão bem como você, sequer pude compreender a palavra em espanhol no texto
" merci ", mas notei pelos comentários de nosso colega " anônimo " uma forte carga dogmática, que me fez lembrar de outro grande poeta, nas palavras:
" ...O homem é o ser dogmático por excelência; e seus dogmas são tanto mais profundos quando não os formula, quando os ignora e os segue..." ou " ...Cada um é para si mesmo um dogma supremo, nenhuma teologia protege seu Deus como nós protegemos nosso eu; e este eu, se o assediamos com dúvidas e o colocamos em questão, é apenas por uma falsa elegância de nosso orgulho, a causa está ganha de antemão..." ou ainda "...Quem não espalha à sua volta uma vaga irradiação fúnebre, e não deixa ao passar um rastro de melancolia vindo de mundos longínquos, esse pertence à subzoologia e, mais espicificamente, à história humana..."
Para qualquer efeito e, a fim de que eu não me confunda com o supracitado colega, chamar-me-ei de " Anônimo 2 " . Seria um heterônimo? Muitos destes seres tem a sua personalidade formada ainda na infãncia, carregam o fardo de uma vida sem carinho, com problemas adversos em seu lar, uma vida de privações e, quando adultos, adquirem comportamentos " dependentes ", coercitivos, precisam de uma pessoa a qual eles possam a todo tempo estar " cuidando ". Muito embora o quadro clínico de " co-dependência " possa ainda ser mais grave que o primeiro, tendo-se em vista que ambos indivíduos passam a depender um do outro.
Devo parabenizá-la pelo belíssimo texto a respeito de paradoxos-promessas aliados à idéia de amor. Adorei!
Talvez nosso amigo " anônimo " não tenha compreendido bem a irrelevância filosófica de seus textos, a imagética que os cercam, é triste, ainda que notório. Adoraria ler mais textos que tratasse deste assunto! Nossos neurônios são mesmo irrequietos, não se assentam em ponto algum, não nascemos para viver presos aos grilhões rosseaunianos. Teria criado uma nova palavra?
Gostaria muito de ouvir-sentir-refletir alguns de seus poemas!

Te iubesc!

1:49 PM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

Como vai Anônimo2, claro, entre e fique à vontade, tenha o espaço livre aqui para se expressar sobre paradoxos ou qualquer outro assunto interessante. Seja bem-vindo aos nossos blogs-dialeticamente_paradoxais!
:) A letra da música é muito bonita, principalmente o verso "Quando te vi, aquilo era quase o amor", lembra a "intuição" sobre o amor cair como uma luva para a alma de alguém, escrito pelo Eros no seu blog de Filosofemas. Na verdade, o verso acabou me inspirando alguns pensamentos soltos, talvez escreva algo breve sobre isso que "dança" agora em meus pensamentos. Obrigada pelos versos, caíram como uma luva para o post dos paradoxos.

Você se refere ao dogmatismo do Anônimo_One e depois deixa aqui uma citação, gostaria muito de saber de quem é, soou familiar, mas não sei realmente se já a havia lido ou talvez seu autor... soou melancolicamente familiar, de quem é?
" ...O homem é o ser dogmático por excelência ..."é apenas por uma falsa elegância de nosso orgulho"...agora esta parte é genial: "Quem não espalha à sua volta uma vaga irradiação fúnebre, e não deixa ao passar um rastro de melancolia vindo de mundos longínquos". Nossa, que lindo! "deixar um rastro de melancolia", que imagem que tive com esta frase!
Obrigada pelas palavras delicadas a respeito do texto, como eu disse, fique à vontade com os nossos diálogos.

Quanto "aos grilhões rousseaulianos", a que exatamente se refere? À vontade geral de Rousseau?

Você tem traços de Guimarães Rosa?_ criando neologismos.

E, não escrevo poemas, talvez algumas coisas soem de um jeito levemente poético, mas não não escrevo poemas, só me deixo embalar por eles, ontem mesmo falava com um amigo-poeta sobre a sensação que a poesia causa em mim, é como sair da realidade tediosa que parece sempre nos conduzir como uma "maldição" para o lado nada interessante da Vida, para o seu extremo oposto, há algo no mundo da poesia que nada tem a ver com o viver inautêntico, deve ser por isso que Heidegger acaba se "jogando" em Holderlin e coloca a linguagem (poética acima de tudo!?) como a casa do ser. Seria o contraponto do modo de viver que carrega em si o outro lado daquilo que você citou lá em cima: "Quem não espalha à sua volta uma vaga irradiação fúnebre, e não deixa ao passar um rastro de melancolia vindo de mundos longínquos, esse pertence à subzoologia"... pois então, "subzoologia", um bom nome para o modo de ser da inautenticidade & o extremo do mundo poético.
Você também é poeta?
beijo,

3:14 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Me liguei no autor das citações do Anônimo 2.
Fantástico

3:59 PM  
Blogger Tristão disse...

E aí, Sandrinha?

Para começar, parece que o Gerardo, na sua juventude, andou muito ligado à Ação Integralista Brasileira. Vez por outra ele faz menção, em seus livros, a Plínio Salgado e a Gustavo Barroso. Consta por aí que ele chegou mesmo a ser preso, durante a II Guerra Mundial, acusado de espionagem a favor da Alemanha nazista. Não sei se isto é realmente verdade, mas tem qualquer coisa aí nessa área. Depois, ao que parece, andou bandeando para as esquerdas. Como o meu pobre coração é vermelho e fica do lado esquerdo do peito, era para eu não ter nenhuma simpatia pela figura. No entanto, sou, há anos, cultuador da obra literária do Gerardo. Tenho alguns livros seus, um romance, dois de poesia, um de ensaios. Depois falo mais sobre isto. Não me esqueci das dívidas que tenho com você. Qualquer hora eu pago. Beijos, filosóficos e poéticos.

8:04 PM  
Anonymous Anônimo disse...

No princípio criou-se um anônimo, e viu o anônimo 2 que isso era bom, então originou-se a distinção entre um e o outro, e deu-se, logo em seguida, a interface manhã/tarde.

Anônimo responde ao " anônimo 2 ":

' (Fausto olha para a estante cheia de livros e os objetos que se encontram em seu gabinete, inclusive uma caveira.)
Acaso não é pó, o que na parede alta,
Em cem velhos armários me sufoca e anula?
Essa feira de troços, em que nada falta,
E a esse mundo de traças tanto me vincula?
Devo aqui procurar o que deseja a alma?
E nos livros buscar, sempre a ler
contrafeito,
A dor, que, eterna, aos homens sempre tira a
calma,
Excessão, de um ou outro, a viver
satisfeito?
Por que fitas-me assim, Oh! Caveira incolor?
Teu cérebro, qual meu, outrora divagava,
Buscando a luz do dia e da aurora o
esplendor
E almejando a Verdade, em erros
mergulhava! '

Prezado, anônimo 2! Não fosse pela inocência que pouco justifica tua verve, e por não ter admirado em profusão o enredo e teia que se lhe aprontava, abria-me jocosamente em sorrisos do mais límpido escárnio. Serias tu a caveira incolor pensante do " Sturm und Drang " atual? Mais um pouco e serias engolfado pela fogosa irrupção de beleza e plasticidade poéticos, refiro-me a elegante e suave autora deste Blog, figura carismática, talvez uma das raras contempladoras de astros, além de envolvente, inteligente e etérea.
Tomaste as dores poéticas da boa escritora, como se isso o livrasse da boa articulação do qual fora conduzido...
Percebeste quão inautêntico tu és e no alçapão que lançara-te no momento em que, desatenciosamente, via-se absorto pelas macambúzias postagens nesta efeméride gaúcha ?
E da maldição recorrente que implica a esta moça, nesta enfastiante declaração melífera-poética que embarcas abobadamente?
Onde pretendeste chegar com os versos:
" Quando te vi, aquilo era quase o amor
Você me acelerou, acelerou, me deixou desigual... " ?
Talvez fosse mais adequados numa aula de Física. Remontaria estes versos ao impetuoso Isaac Newton, em uma de suas boas aproximações cinemáticas?
Talvez o maior de todos os paradoxos! O de tornar-se interessante discorrendo num tom poético totalmente escalar, isto é, sem direção, módulo ou sentido próprios. Pelas tuas palavras quentes e viris não seria de se esperar que fosse uma bela jovem, a exemplo desta agraciada escritora que nos permite um debate de tamanha relevância.
Talvez a filosofia se preste a estas investidas, notadamente quando temos que derrubar dogmas que tu mesmo dizes não possuir.
Qual seria a outra função da poesia?

Arrancar-lhe do imobilismo social, dos
" grilhões " que nos prendem, projetar nossos ideais na esfera do infinito...
Sim, Anônimo 2, vejo que estás em más-lençóis! Parece que sua identidade fora desmascarada! Somos dois impostores dicotômicos de uma mesma moeda?

Fique com Deus!

Do colega!

p.s. o malfadado colega ao referir-se aos " grilhões rosseaulianos " talvez estivesse se referindo à abertura de
' O Contrato Social ' quando o autor salienta que " O homem nasce livre e por todo o lado se encontra acorrentado ". Creio eu! O mundo parece estar repleto de prestidigitadores. Risos!

8:31 PM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

ai ai ai, como diria nosso querido Rio_baldo, mas como as águas atravessam virtualmente lados inesperados. Pensei muito antes de publicar este comentário do Anônimo2, pois produz um certo conflito de troca de adjetivações entre Anônimo 1 & 2, e não desejo tomar o partido nem de um nem de outro nesta estranha "sintonia".

Mas,
devo confessar,
está muito engraçado e eu, não sei se feliz ou infelizmente, ri mais do que deveria com o que Anônimo 2 escreveu. O início está eu diria, muito lúdico_criativo em analogia com o Genesis, ai ai me fez dar risadas abertas numa sexta-feira à noite diante de um prato de filé de peixe. (compartilhemos o pão & o vinho destes paradoxos) Perdoe-me, Anônimo 1, pelas risadas, espero que você tenha o mesmo senso de humor ao ler os comentários de A.2 para-ti_ foste tão suave...

Quanto às citações de Fausto, são mesmo de Fausto? ...

Como sabes que sou gaúcha, Anônimo2?

E, um recado para os dois, (mesmo que sejam parte da mesma caveira, digo, moeda)_ não é falta de personalidade ficar escrevendo livremente o que se quer sem se identificar?

Agora, deixo-os na dicotomia da mesma moeda para se entenderem filosoficamente, mas sinto que a poesia seria um "palco" mais interessante de discussão para todos nós.

beijos,

"Quando te vi, aquilo era quase amor", em sensações, isso é que é etéreo, mágico.

sANdrA

*não gostei do termo "macambúzio" destinado à minha pessoa, em todos os casos vou dar uma olhada no dicionário para ver se tem algo que "caia como uma luva" em meu ser oriundo de palavra tão esquisita, deveras, para lá de esquisita. "Mas o que não é estranho neste mundo?" by rio_baldo

10:28 PM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

Tristão,
nossa, mas como tens informações sobre o Gerard, admirador confesso mesmo!? Fiquei um pouco triste com o que fala dele por aí, mas "talvez a vida não seja um fato consumado" :)
Fiquei muito curiosa em relação à obra não-poética de Gerard, é fácil de conseguir?

&, claro, não se preocupe com as "promessas" (risos, post certo para falar sobre promessas, não!?) mas eu vou esperar, não por 10 anos como Penélope, um pouco menos...
beijos procê, Tristão
& fique à vontade aqui no blog, estamos com falta de Kafé, mas sinta-se em casa.
sANdrA

10:37 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Desculpe-me, Sandra! Acho que confundi tua mente. (Na verdade o último texto é de minha autoria,
" ANÔNIMO 1 ", como você apresenta!). Não me leve em conta pelas adjetivações! Adoraria desfrutar de teu " peixe ", de verdade!
Não estou te chamando de macambúzia, mulher! Creio que você tenha feito uma rápida leitura!

Cordialmente!

11:08 PM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

A One,
desculpe-me,
a verdade é que escrevi pensando corretamente em A1 & A2, só não sei porque razão inverti na hora de escrever (será que foi ato falho e não faz diferença?!) Não foi seu texto que me confundiu, a cozinha me deixa desnorteada, não me atreveria a convidá-lo para um peixe, acho que ele não me fez muito bem & era só um inofensivo filé com um nome que não lembro, nem sei que peixe jantei.

Assim que eu tomar um chazinho medicinal, relerei seu post com carinho. Será que o A 2 vai se manifestar? Você não foi muito suave com ele, peça desculpas filosóficas a ele, e, por favor, realizemos um batizado, escolha um nick para você, ok?! (na verdade não me movo bem com anonimatos)
Escolha algo que tenha a ver com "água".
abraços aquosos
sANdrA

11:41 PM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

(um sorriso lúdico)
A One,
ficaste com algum tipo de ciúmes pelo fato de A 2 ter sido tocantemente suave quando inicialmente foste-tu, assim, assim, tão retilíneo?
beijo em_"retilineeidade"
sANdrA

1:07 AM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

O que significa "te iubesc"?
Que idioma é este?
*não é nenhuma "reza" de cipriano, é? ... esses diálogos estão que só vendo: tudo começou com "paradoxos" e ainda por cima "marginais", inclui raul seixas, os sísifos que amam intensamente, barthes, fernando pessoa, nietzsche; aí vem A One e faz um discurso retilíneo e reconfortante, então vem A 2 e recita poesia musicada, cita outras pérolas; então A One retorna com Fausto & suas Caveiras & O Movimento Romântico dos Poetas Idealistas; então vem Tristão e fala do poeta Gerard... nossa, quanta coisa implícita neste diálogo.

Mas agora desejo saber o que é "te iubesc", please.
sANdrA

2:34 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Pensava na importância que a linguagem tem para os indivíduos e o quanto estamos cada vez mais distantes dessa mesma linguagem. O empobrecimento torna-se constante. Os jovens se abdicam dos vocábulos como se isso fosse um indicativo de praticidade.
Tendo-se em vista que não seja possível uma comunicação estreitada por jargões, vícios, rudimentos, gírias e outros depreciadores.
Cada palavra encerra sua própria alma, suas próprias vísceras e são habitadas por consciências únicas e insubstituíveis, não existem " sinônimos " para elas, por este turno, não devemos descartá-las de nosso convívio. Há sempre um cantinho agasalhado para elas, em alguns momentos elas podem se travestir de outros significados, ainda que sejam seus próprios caprichos, seu orgulho particular. Teriam as palavras inveja umas das outras, não se contendo em ter apenas um significado ou aplicação?
Haveria um número finito de combinações matemáticas entre as palavras que impusesse um limite à criatividade humana algum dia?
Talvez esse limite esteja muito próximo para aqueles que desdenham da linguagem, abstraindo-se da riquesa e beleza da complexidade que possa haver entre as que já existem e as que possam ainda ser renovadas e criadas.
Ainda que seja muito difícil criar palavras belas e ao mesmo tempo não risíveis!
A autora deste blog sabe bem discernir onde se encontra o risível e o lúdico, coisas diametralmente opostas.
Talvez este comentário deva-se chamar:
" Manifesto contra a truculência verbal canibalista da juventude "

Espero que goste, vaporosa Sandra!

3:57 PM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

Ponte_Salina... Ponte_Salina... realmente lembra água e lembra saudade porque Salina lembra sal e sal, aprendi com um poeta quase-divino, lembra mar & saudade, assim teu nick me lembra muito o César Flaubert.

Gostei do que escreveste, mas como és tu também "oscilante", não? Tem partes poéticas e partes nada poéticas, o título do "manifesto" é bem selvagem mesmo.

Você toca em assuntos que andam também me rondando ultimamente, a questão da linguagem, e abordas de um jeito de quem está acostumado a navegar em meio a tais questões.
Adorei essa parte e vou refletir sobre ela:
Você:
"Cada palavra encerra sua própria alma, suas próprias vísceras e são habitadas por consciências únicas e insubstituíveis, não existem " sinônimos " para elas, por este turno, não devemos descartá-las de nosso convívio. Há sempre um cantinho agasalhado para elas, em alguns momentos elas podem se travestir de outros significados, ainda que sejam seus próprios caprichos, seu orgulho particular. Teriam as palavras inveja umas das outras, não se contendo em ter apenas um significado ou aplicação?"
Que belíssima passagem essa da sua mente, pensaste isso quando estavas a passar por baixo da Ponte, enterrando inteiramente os pés no sal mais puro que existe?, ou quando passaste pela Ponte mesma, olhando lá de cima todo o sal espalhado lá embaixo? Lugares diferentes, pensamentos sobre o "sal", idem, o que achas Ponte_Salina?

Haveria um número finito de combinações matemáticas entre as palavras que impusesse um limite à criatividade humana algum dia?
Pensas que há liberdade no pensamento?


Ainda que seja muito difícil criar palavras belas e ao mesmo tempo não risíveis!
Sabe, eu nunca havia pensado nisso de "risível" versus lúdico. Confesso que minha preocupação, quando ainda escrevia sobre filosofia, era de não escrever de forma patética sobre o óbvio, pois isso é realmente difícil. Agora essa questão de risível & lúdico, vou ter que ler O Riso, de Bergson, ainda não lido cartesianamente.

Obrigada pelos elogios, mas a vaidade é o pecado capital que leva a todos os outros, não? Contudo, isso não me preocupa, gosto de elogios, quem não gosta?, atire a primeira pedra, mas o que me "leva" a escrever são outras coisas.

Espero que goste, vaporosa Sandra!

claro que gostei e sabes disso porque escreveu para que eu gostasse não é verdade? (sorriso lúdico para Ponte_Salina) tive uma imagem quano li isso "vaporosa" que nada tem a ver com o que eu deveria ter trazido à minha mente, como as palavras são mesmo estranhas, não?

Mas, sinto que uma teoria_explicativa para mim mesma está a chegar entre ludismo & poesia.

beijos,
sANdrA

12:19 AM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

Estava relendo os textos,
Anônimo do Verso Quando te vi Aquilo Era Quase Amor,
não te sintas constrangido em retornar ao diálogo, nessas horas é bom e saudável sermos lúdicos.
Os comentários de A One não são agressivos, na verdade, são ao mesmo tempo inteligentes e com senso de humor, creio que ele não esteja querendo ofender a ti, apenas está a brincar como brincam as crianças (abstraindo das caveiras faustianas, penso)
Portanto, vire o lado da moeda... para que haja aqui dialética.
beijos poéticos,
sANdrA
*o estranho é que algumas partes do texto de A One me lembram um amigo virtual de anos atrás, o Caro Voltaire, quando eu ainda educava os meus cofaps na doutrina dos Quakers por ele ser epilético, era de cortar o coração, mas eis que Sebastian se foi e nunca mais quis ter cães Quakers como tão bem Voltaire se ocupara.
(só uma lembrança antiga & saudade de meus cães)

12:53 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Ensejoso por estar aqui, já oiço o fremente e zeloso vôo da Urutau, transcendente e temeroza na erma e densa sebe. Ao longe, o Uirapuru parece silenciar os convivas, cântico sibilino e magistral, cadência portentosa que irradia e transfigura a dissimulada Urutau.
- Não seja tão cruel, meu pai! Não desfolhe as pétalas desta galharda tília! Permita-lhe que um dia possa estar com a nossa Gaia progenitôra!
Patíbulo nos rigores, sentenças temporais extirpa o primor de jovialidade e frescor do tenro existir. Permita que a seiva primaveril reverbere o teu seio, erigindo-a ao páramo de tuas próprias e fugazes reminiscências!
Urutau pressagia a epopéia de seu ilustre mártir, comovente e sibilante Uirapuru, a todos parece hipnotizar. Urutau reconfortada, pulsa irradiada, persebe o movimento calmo e silente, doutros tempos ruidoso e turbilhonado, impulsionando-a a amar.
Onde assentaríamos nossos broncos e fugidios pensamentos? Por que a filha pródiga não retornaria também ao seu mais belo lar, ao seu garboso-ainda que novel-habitat?
Devaneios desvairados não seriam convertidos em ternura e compreensão?
Repreensões do afã, ilusões do devir...
Elan dos bons presságios, limbo dos enlaces e das profanações...
" ...o movimento das ondas, oscilando em movimentos de vida, ora longos, ora breves, às vezes fortes e outras vezes suaves. O nosso olhar como o movimento das águas?... "

Sinto a evocação impetuosa, haveria desiquilíbrio em minhas profundesas abissais?
Apenas segredos e desejos...bons e maus desígnios.

11:14 AM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

Muito interessante os mitos que rondam os dois pássaros mencionados por você... em analogia tornam-se curiosos.

1:30 AM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

Caro Ponte_Salina & Demais Personalidades Pessoanas tuas,
não autorizei teu último comentário, pois me expõe demais,
mas tem contradições, o não rotular, o não teorizar, o não classificar... e todos os teus nicks realizaram exatamente isso no comentário não-publicado, em relação a mim, claro. Tu é que és incompreensível para mim e muito & não entendo onde desejas chegar, se é que desejas chegar em algum lugar que não seja o ludismo. Vejo traços de não-des-temor em ti... o que temes? A ti mesmo?

Ana behibak
(vamos ver se descobres mais rápido que eu outras línguas...)

9:15 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Pensei que a época do militarismo tivesse acabado. Que coisa feia! Tolhendo meu direito de expressão... Tudo bem!
Não estava brincando quando disse tudo que você leu. Você é incompreensível sim, às vezes insiste nesta eterna traição de suas próprias vontades. Por que não me escreve? Temos que nos entender! Claro, eu já te entendi, de cabo a rabo, mas eu não teria o direito de me tornar compreensível?
Tem mais, voltei ao teu blog com a esperança de ver meus personagens, queria saber como você se daria com eles. Não leve a mal o tom tosco destas palavras, é que hoje quero ser fácil. Já disse! Não brinco com o seu cérebro, não brinco com o seu coração... talvez me divirta com os seus pensamentos, mas acredito no máximo que cada pessoa possa suportar.
Não tenho medo de ti, apenas gostaria de não ser visto como um cara " louco ". Juro! Isso me incomoda muito se viesse de ti, pois tenho um pouco mais de consideração pelo teu cérebro do que o de outros mortais. Seria triste. É a única coisa que me incomoda! Não me importo se você quer ou não conversar comigo, mas acho que deveríamos entrar num acordo. Odeio silêncio! Por que não comenta (só para mim) e devolve tudo na mesma moeda? Adoro o conhecimento! Concordo contigo, não podemos partir para questões puramente
" pessoais ", isso só nos afastaria.
Confesso, eu comecei tudo! Sou mesmo um marginal, um delinqüente, tenho sempre que levar as pessoas ao extremo de imaginação, prazer, rancor, ódio, amor, entre outros.
Mas tenho que convir, vocês humanos (risos) é o meu laboratório e eu preciso destes exercícios, mas há muito de mim nisso tudo apesar de tudo. Não tenho dom Shakespeariano, é muito difícil criar tipos, você sabe disso...
Se você ama de fato a escrita sabe o que eu digo, e sabe também que é uma
" escritora ", mesmo que não admita isso! Eu sei que eu te feri profundamente mas, acredite se quiser, não estava pensando em ofensas e sentimentos, apenas quis mostrar o que eu não achava legal. Inclusive o mundo inteiro poderia discordar de mim... é apenas o meu ponto de vista, pensei que fosse válido para ti! Sim, sim, sim, eu forcei um pouco, faz parte de minha má índole (risos novamente). Mas acho inútil escrever sobre coisas que ninguém entende, escrever coisas para si próprio, não receber boas ou más críticas. Inclusive tenho mais consideração pelas más críticas, adoro! É através delas que crescemos, não dos elogios! Elogios nos motiva (pura escravização do ego), nada mais.
Minha relação com a literatura é sanguínea, Sandra. Eu sinto o que Goethe expressa, você entende isso? Não leio só para entender, mas para sentir (de todas as formas)... tanto que li Werther 7 vezes (todas apaixonado) e você não tem idéia de como é ler Werther apaixonado, você sentindo as dores do " desafortunado "...só como exemplo...
Sobre sua frase, em árabe a sonoridade é estranha. E o pior é que os fonemas são muito complexos! A propósito, quem te deu ordem para brincar comigo? Deixa estar...
Que tal se você me escrevesse?

Prometo não te magoar, já vi que você não aguenta nada mesmo! Sabe que não tenho medo de nada. Também sabe que eu te esqueceria em duas semanas, completamente! Falo de uma meia dúzia de bons sentimentos que você já me provocou. Ou acha que eu tolero sentimentalismos? Sou muito paciente, quase infinito, desde que suportem minha elavada carga natural de agressividade, sem a qual eu não seria eu mesmo. Tenho tido alguns problemas com ela. Os " personagens " foram fruto desta " agressividade ", uma espécie de quase-rancor, só para usar os seus " hífens "...
Adoraria te ver livre de sentimentos ridículos, de picuinhas egóicas... você sabe que inteligência é algo muito importante para nós, e tudo que ela possa envolver.
Que tal se deixássemos essa estória de amor de lado, se isso for importante para nós? Que tal se deixássemos de lado essa estória de " verdade " e de " melhor " se isso for importante para nós?
Que tal se fôssemos " livres ", na medida do improvável?
Ser livre é magoar as pessoas?
Ser livre é ser duro e mesquinho?
Ser livre é ter dinheiro e se achar inteligente?
Ser livre é estar atrelado à estúpida
" democracia " e exercer o direito de " ir e vir "? Odeio estes pressupostos positivistas, não gosto de franceses que idealizaram um punhado de ditaduras desfarçadas de
" direitos universais "!
Procure uma letra que se chama " Be free with your love ", talvez seja mais importante que essas nossas divagações.
Me expus muito!
Seja feliz, moça dos neurônios inquietos e confusos (loucos?),
Ao relento...

2:30 PM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

Roosevelt Reis, Químico que diz ser: Anônimo 1, Anônimo 2, Ponte-Salina, Posseidon, Flor do Lácio, ou seja, "uma legião" para falar com uma mesma pessoa. Lembra Apocalipse: "nosso nome é legião porque somos muitos."

Se quiseres podemos dialogar aqui pelo blog quando não fores tu indelicado aos extremos, explico a razão pela qual não responderei mais aos emails de Roosevelt Legião:
1) Foste agressivo como nenhuma outra pessoa o foi gratuitamente.
2) Colocaste palavras na ponta dos meus dedos, escrevendo coisas em emails que eu não escrevi, colocando entre aspas e o meu nome/nickname logo a seguir.
Não considero ético o que fizeste, nem um pouco, por isso nada de emails da minha parte. Também já te disse várias vezes que não estou para ninguém que esteja com "energias" negativas. Só estou para pessoas com boas "energias", isso não elimina de forma alguma as críticas, pois acredito que quando uma pessoa domina o assunto que está a criticar sabe "como" realizar tais críticas sem ser ofensivo ou afirmar desmedidamente certas coisas.
Eu não tenho problemas com silêncio, pelo contrário, amo o silêncio, eu tenho problemas com pessoas muito barulhentas, que fazem barulho por muito pouco, que tumultuam a vida dos outros por causa de suas próprias atitudes impensadas. Ou ainda quando usam as pessoas como se fossem um laboratório sem muitos princípios.

Não curto teu modo de ser, eis a questão, por tudo isso que coloco aí acima. Assim, podemos falar de vez em quando por aqui sobre literatura e filosofia, mas por email e sobre outras coisas, não.

Sinto muito, mas a verdade é esta. Talvez devesse procurar outra pessoa para dialogar da maneira como desejas, porque vou repetir pela última vez, para a "forma" dos teus emails não estou para ninguém neste mesmo e velho chão.

Em todos os casos, tens potencial para a literatura, mas deves cuidar erros básicos de ortografia e concordância. És inteligente e com certeza encontrarás alguém com uma sintonia mais próxima a tua e isso é importante creio eu.

Quanto aos vários pseudônimos que dizes ser de Roosevelt, foi a parte boa do diálogo, pois assim ficaram alguns filetes de teu modo de ser que apontam para que eu não fique com uma impressão totalmente negativo a teu respeito. Nesse sentido, foi bacana.
Obrigada pela compreensão.
PAIX & Bem,
sANdrA

10:50 PM  
Anonymous Anônimo disse...

" ...cuidar erros básicos de ortografia e concordância..."
Essa é a crítica? Quando se escreve rapidamente, por ora, sem ao menos revisar uma única vez? Mas eu já havia denunciado
"eu mesmo "! Claro, vamos fazer de conta que não existam 3 erros grosseiros e semânticos na fala de Poseidon, e que me custou algumas dores nos ossos (todos posteriormente percebidos), quanto aos sintáticos estou de acordo, é impossível que não haja quando o texto não passa por tratamentos...
Não sei que milagre você não cortou minha fala anterior e que você atribui ao Roosevelt Reis. Por instantes pensei que você estava sendo ludibriada, jurei que seria capaz de fazê-la perceber quem de fato eu sou.
Só de pensar que este é o " 23 " post de um blog que raramente ultrapassou a marca de " 0 " comentários. Lamentável a qualidade das pessoas que passam os olhos pelos teus textos, inclusive a minha.
Lamentável e vergonhosa minha " estada " por aqui, tendo-se em vista o teu asco por minha pessoa! Como pode levar as coisas para um âmbito tão pessoal? Não tens coração?
Está nervosa por eu ter levado teus pensamentos para onde eu bem quis? Inclusive para lugares que nada correspondem a mim mesmo ? E agora está perdida, já tem completa idéia de quem lhe escreve, já enumerou todas as faculdades deste ser pensante que lhe comunica. E talvez seja transportada para o calabouço dos maus filósofos, por trair a si mesma ao fazer julgamentos prematuros da vida e sobre pessoas que te cercam.
Eu não posso acreditar nisso... teria eu ludibriado os teus pensamentos? Sendo verdade, fica comprovado que eu também ludibriei os meus, sucumbindo numa farsa geral.
Por que tanto desdém e rancor, Sandra?
Não tem mais interesse pela Caixa de Pandora? Talvez ainda persista a esperança e os sonhos que lhe são tão valiosos!
Sim, traí a mim mesmo ao insistir numa amizade ('para além da amizade') entre nós, vejo que teus sentimentos e tuas certezas são maiores que você mesma, chegam a ser insuportáveis. Onde entram a filosofia e a literatura nisso tudo? Onde entra o amor e o ódio nisso tudo? Formaríamos um par dual?
Confesse, Sandra! " Dê o seu testemunho, irmã! Hahahahahahaha...
Agora não estou sendo lúdico, mas zombeteiro mesmo, bem risível!
Eu devo ser mesmo " negativo ", nem ouso te contar algumas coisas, como o suicídio de minha mãe, seria ótimo te narrar isso! Que lúdico se eu pudesse escrever sobre isso no teu blog! Bem hitchcockiano mesmo, com pitadas de Kubrick, claro! Entre outras coisas piores... Não há vida e beleza nessas coisas também? Por que o ser humano tem tanto horror à morte?
Não, Sandra, não quero tornar a vida pior do que ela já é, segundo suas próprias palavras, sequer penso como tal hoje em dia, mas não ignoro o que me cerca, sequer julgo as pessoas quando elas me trazem coisas adversas e tétricas, considero-as de igual modo. Talvez até melhor que as que vivem em
" casas de chocolate " repletas de fantasia e diversão. Sou uma pessoa cômica, sou sério também, gosto de ser várias coisas, gosto de incluir tudo. Ou acreditamos no sectarismo?

Parece que você luta com todas as tuas forças pelo meu adeus, talvez a criatura mais antipática e negativa que já surgiu em teus pensamentos, dessa forma, tu ganhaste:

ADEUS

Sem rancores ou sentimentos e cheio de erros de português!

1:49 PM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

Quem afirmou ser ao mesmo tempo Roosevelt Reis_ como também a legião de pseudônimos que escreveram aqui neste blog_ foi você mesmo: Roosevelt Reis, mas eis que agora se desdiz, não é de se estranhar haja visto o que já mostrou de tua "ética".

Teu ADEUS me é um alívio.
Obrigada.

Sandra

3:10 PM  
Blogger Tristão disse...

Sandrinha, você está sumida, estou com saudades. Que é que eu faço? Beijos de Riobaldo e de Diadorim.

12:47 PM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

Tristão,
deixei recados no Sarapalha para ti,
adorei os beijos de Riobaldo e Diadorim,
:)
risos, bacana mesmo!

beijos procê,
sANdrA

3:09 PM  
Blogger Tristão disse...

Oi, Sandrinha. Você viu que o Vinícius diz que a mulher de Gêmeos não sabe, não sabe, não sabe - mas sabe fazer o homem feliz! Beijos de Peixes (beijos aquosos?).
PS - Tenho vários outros comentários a responder. Qualquer hora... Tristão (tristam37@uol.com.br)

8:40 PM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

Oi, Trista, é porque a mulher de gêmeos sabe que a felicidade está em "nada" saber :)
nossa, isso dá o que derivar.

Então, Trista é de Peixes?
Beijos de piscianos são aquosos, sim,
obrigada pelo teu email,
vou aguardar os comentários-respostas de um autêntico pisciano.

beijos aquosos daqui da ilha,
sandrinha

11:29 PM  
Blogger Tristão disse...

Sandrinha,

Tenho a 1ª e a 2ª edições do Grande Sertão. Infelizmente, nem a 1ª nem a 2ª têm a famosa capa verde das primeiras edições. Ainda espero comprar algum exemplar perfeito. Acho que é só esperar. Já quanto ao Corpo de Baile, de que tenho dois exemplares (com seus dois volumes cada), pelo menos um deles está perfeito, com capa e tudo. Beijos encapados, mas sem sombra de trocadilho..., do Trista.

9:30 AM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

Trista,
mas és um dos maiores colecionadores de Guimarães Rosa, eu, por enquanto, só tenho uma edição de GS:V, a última, a de capa com cor da filosofia, aqui onde estou morando não se encontra nada de bom em sebos.
"beijos encapados, mas sem sombra de trocadilho" foi muito bonito & criativo, mas, o que significa um beijo encapado? Aposto que Riobaldo daria uma explicação para isso!

beijos procê em 13ª edição,... capa verde
sANdrinhA

11:24 AM  
Blogger Lusitano disse...

Sandrinha,

Para entrar bem no clima do sertão, e poder filosofar à vontade, é preciso ler também o Almanaque Mineiro, do meu heterônimo Lusitano Coelho. Você já o visitou? E aos dois fotoblogues, o Velhos Álbuns e o Cinema Paradiso? Beijos mineiros (com goiabada e queijo)...

8:29 AM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

Trista,
quanto amor à própria terra em tantos blogs!
sabe, nasci e cresci nos pampas, o sertão é algo tão estranho para mim, por isso também me encantei com GS:V, é tão diferente dos pampas onde não tem tanta beleza da natureza para o filosofar silencioso, nem nada não tem... através do sertão descubro a linearidade dos pampas e deve ser por isso que as pessoas de lá são assim, tão assim, sempre tristes, dizem que é devido às colonizações de italianos, alemães, poloneses, açorianos, etc, mas, veja, é mais simples, os pampas são a linearidade da vida e toda linearidade lembra tédio existencial, as pessoas por lá são tristes e "na sua", "nassua" é um bom nome para pássaro, será que significa alguma coisa em outra língua?
beijos daqui da ilha, ao lado dos pampas
sANdrinhA

1:45 PM  
Blogger Al Berto disse...

Olá Sandra:

Deiso-lhe aqui um verso para esse imenso sertão brasileiro que a vista não consegue alcançar:

"Poeta, cantô da rua,
Que na cidade nasceu,
Cante a cidade que é sua
Que eu canto o sertão que é meu."

Patativa do Assaré
(Antônio Gonçalves da Silva)

Um beijo,

3:32 PM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

Oi, José Alberto,
então curtes Patativa do Assaré? Se visitares o Jornal de Poesia do Soares Feitosa irás encontrá-lo no site, que aliás é o site mais literário que existe, além de belo, centenas de poetas.
Dê um ctrl + end, lá no final do meu blog tem o link para o JP.
Moras em Portugal?
abraços
sANdrA

9:10 PM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

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2:18 AM  
Blogger sandra adria_na fasolo disse...

... nossa, relendo o início desses comentários comecei rindo para depois ficar eu mesma espantada com o que foi escrito aqui, mas não vou deletar.

beijo para todos os amigos-passantes deste post. obrigada pela força, amigos queridos.

1:38 AM  

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